Câmbio Automático manutenção e troca de óleo
A troca de óleo do câmbio automático gera economia e aumento da vida últil da transmissão automática.
Na transmissão automática, temos a presença dos discos de embreagem que são feitos de material abrasivo que com o tempo, desprende partículas que começam a circular dentro da transmissão. Estas partículas vão se alojando no filtro, enquanto que uma parte deles ficam grudadas nos ímãs presentes no interior do câmbio.
Com o passar do tempo, a viscosidade do óleo é comprometida, perdendo a sua capacidade de lubrificação ocasionando o desgaste prematuro e até mesmo destruição da transmissão automática.
É muito caro trocar o óleo do câmbio automático?
O óleo do câmbio automático dura em média 50 mil km, já o óleo do motor dura no máximo 10 mil km. Com uma conta simples de 5×1 você verá que não é tão caro assim trocar o óleo do cambio automático do seu carro, considerando que ele dura no mínimo 5x mais que óleo do motor e o valor de reparo da transmissão automática costuma ser de 2 a 3 vezes mais caro que a de um motor.
Quando devo realizar a troca do óleo do câmbio automático?
Por desinformação, existem dúvidas quanto a trocar o ATF. A regra de ouro é sempre a mesma: Siga as orientações do Manual do Veículo. Na grande maioria dos casos, dependendo da montadora, modelo e ano do Veículo, a troca é realizada a cada 40 mil km ou 4 anos o que vier primeiro.
Manutenção Corretiva
Ocorre por motivo de falha mecânica ou vazamento, em ambos os casos é necessário abrir a transmissão, consertar o modo de falha, que no caso de vazamento, normalmente é resolvido através da troca dos selos.
Manutenção Preventiva
Neste caso, a regra de ouro é seguir as orientações do manual do veículo com a troca definida pela quilometragem ou período. Na grande maioria dos casos, dependendo da montadora, modelo e ano do veículo, o período de troca é de 40 mil quilômetros. Há montadoras que recomendam a troca por período, não por quilometragem, neste caso, 4 anos é considerado uma boa prática.
Na Box3 Centro Automotivo, temos a tabela de troca exata para cada veículo. Entre em contato e consulte a validade do seu óleo de câmbio automático.
Conheça os 6 tipos de Transmissões Automotivas
- MT – Manual Transmission – Transmissão Manual
- AMT – Automatized Manual Transmission – Transmissão Manual Automatizada
- DCT – Dual Clutch Transmission – Transmissão Dupla Embreagem
- AT – Automatic Transmission – Transmissão Automática
- CVT – Continuously Variable Transmission – Transmissão Variável Continuada
- Axle – Diferencial
Como funciona a Transmissão Automática: AT – Automatic Transmission
O projeto de uma caixa de Transmissão Automática (AT) possui um desenho muito complexo, com componentes Hidráulicos, como o Conversor de Torque e o Distribuidor Hidráulico, materiais de fricção, como Embreagens e Freios para troca de marcha, um Conjunto de Embreagens Planetárias e possui Selos sensíveis.
O principal problema da Transmissão Automática é a necessidade de frear ou acoplar diferentes partes de diversos planetários. Quando há dois ou mais planetários, é necessário usar pressão hidráulica.
A vantagem de transmitir força usando o ATF é que ele pode seguir por mangueiras, passar por dentro de um eixo oco e girar junto com outras partes móveis. Pelo fato de ser líquido, ocupa o espaço que lhe é destinado, e transmite força por mais tortuoso que seja o caminho.
Para isto funcionar é preciso haver um circuito hidráulico, com bomba, válvulas, pistões, filtro e o ATF, um sistema complexo que custa caro e dá mais manutenção.
Os atuadores hidráulicos ou elétricos realizam as trocas de marchas, em conjunto com as engrenagens planetárias.
A caixa automática típica usa eletrônica na parte decisória e também em alguns atuadores, deixando a força hidráulica para as funções onde ela é insubstituível.
As marchas à frente (D) são escolhidas de forma eletrônica, mas se a central falhar, a segunda marcha é engrenada, pois corresponde à posição em que todas as válvulas elétricas estão desativadas.
Neste mesmo câmbio, a ré (R) é puramente hidráulica. O neutro (N) realmente corta a força hidráulica, impedindo que qualquer marcha seja engrenada.
As posições 2 e L têm atuação hidráulica. Na posição D, as marchas 1 e 2 fazem uso de rodas livres para travar as engrenagens. Isto prejudica o freio motor porque a roda livre libera quando o motor gira mais devagar que a Transmissão, como se o câmbio entrasse em ponto morto.
Quando a alavanca está em 2 ou L, o circuito hidráulico aciona freios adjacentes às rodas livres, e a marcha mantém-se engatada mesmo ladeira abaixo. Câmbios mais avançados fazem isto eletronicamente.
Nas marchas 3 e 4, as rodas livres não podem liberar o câmbio, de modo que o freio motor está sempre presente nestas marchas. Não é necessária uma posição de alavanca para segurar o carro ladeira abaixo.
Os principais fabricantes são a GM, Ford, ZF, Aisin Warner e Jatco.
As vantagens da Transmissão Automática são a alta capacidade de torque, engrenagem suave, com baixa perda de torque. Já as desvantagens são o peso, menor eficiência dentre todos sistemas de transmissão, e o custo de fabricação.
Fluido de Transmissão Automática: ATF – Automatic Transmission Fluid
O Fluido para Transmissão Automática deve possuir aditivação que proporcione excelente propriedade de Índice de Fricção, a fim de facilitar a troca de marcha no Conversor de Torque. Deve apresentar também excelente Compatibilidade materiais.
Uma formulação típica do ATF é composta por um pacote de aditivos, com 6 a 12% da composição, com modificadores de atrito, Inibidores da Oxidação, Detergentes e Dispersantes, Inibidores de Corrosão, Antidesgaste, Agente de Dilatação dos Selos, Antiespumante, pelo Modificador de Viscosidade, com 2 a 10% da composição, pelos Óleos Básicos, Mineral (Grupo II) e Sintético (Grupo III), com 80 a 90% da composição, e pelo Corante Vermelho, com 250 ppm da composição, com a finalidade de identificação de eventual vazamento através dos selos.
Entre as tendências para Transmissões Automáticas estão; a redução de perdas hidráulicas, o aumento da velocidade na troca de marcha e da velocidade de deslocamento e engrenagens menores com um projeto mais leve.
Entre as tendências para ATF estão; baixas viscosidades menores do que 6 cSt a 100°C, fricção mais sofisticada e com melhor durabilidade da fricção e melhor desempenho Antidesgaste (AW). Os ATF têm se tornado muito específicos para cada aplicação, como outras peças mecânicas.
Especificações para Transmissões Automáticas
As principais especificações para Transmissões Automáticas são: General Motors – Dexron, Ford – Mercon e a KIA/Hyundai – SP. Nas especificações mais modernas são desenvolvidas formulações através de óleos sintéticos, com menor viscosidade e melhor pacote de aditivos, que proporciona maior performance, vida útil e economia de combustível.
- General Motors – Dexron: A especificação para ATF desenvolvida pela General Motors em 1957 chama-se Dexron, e é a principal referência mundial para este tipo de fluido. O Dexron III-G foi indicado pela GM até 2005, o Dexron III-H até 2007, e o Dexron VI, até hoje, mas é compatível com as especificações anteriores.
- Ford – Mercon: A especificação para ATF desenvolvida pela Ford em 1957 chama-se Mercon, e é a segunda principal referência mundial para este tipo de fluido. O Mercon foi indicado pela Ford até 2007, já o Mercon SP até 2010, e os Mercon V, Mercon C e o mais moderno, Mercon LV (Low Viscosity), até hoje.
- KIA-Hyundai – SP: Na Coréia do Sul, o Grupo KIA-Hyundai criou a especificação ATF SP. As especificações são: Genuine ATF, SP-II, SP-III, SP-IV, SPH-IV e NWS-9638 T-5S, esta última elaborada com óleo sintético de baixa viscosidade, para câmbio automático de 6 marchas. A japonesa Mitsubishi também utiliza esta especificação em seus câmbios automáticos.
Outras Especificações:
- Aisin Warner: AW-1 e JWS 3309
- Allison: C-4, AT 545, MT 643, MTB 643, MT 643R e B 300R
- BMW: 83 22 0 397 114, LT 71141, LA2634, 7045-E, ETL-8072B
- Eaton: PS
- FCA Chrysler-FIAT: 68043742AA, US LCC ATF+3, ATF+4 2
- Honda/Acura: DW-1 e Z-1
- Isuzu: SCS, Genuine ATF
- JASO: 1-A, 2A-02, 1A-LV13
- MAN: 339 Type V1/V2/Z1/Z2
- Mazda: ATF M-III e ATF M-V
- Mercedes Benz: MB 236.5/6/7/8/9/10/11, MB 236.11, MB 236.12, MB 236.14, MB 236.15
- Mitsubishi: ATF-J2, ATF-J3, SP-III, SP-IV
- Mopar: 05189966AA (AS68RC)
- Nissan/Infiniti: Matic D, Matic J, Matic K e Matic S
- PSA Peugeot-Citroën: B71 2340
- Subaru ATF, ATF-HP, ATF 5AT
- Volkswagen: VW TL 52162
- Volkswagen/Audi: G 052 025/540 (A2) e G 055 025/990 (A2)
- Volvo: CE 97341 (AT101), 1161521, 1161540 e1161640
- Toyota/Lexus: T-III, T-IV, Type WS
- Voith Turbo: H55.6335.xx, H55.6336.xx
- ZF: TE-ML 03D, TE-ML 04D, TE-ML 14B, TE-ML 17C, TE-ML 20B, TE-ML 25B e TE-ML 11B
ATENÇÃO: Se trocar o ATF, não faça em qualquer oficina, leve à um especialista.